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WeFeel is a humanist project linked to the area of personal development Our aim is happiness, inner well-being, emotional expression and self knowledge. We promote and develop all kinds of activities that lead us to a more authentic life with others and ourselves. WeFeel as the name says, is a project that follows and stimulates everyone that follows the heart, that want to be in peace within, updated with their emotions. When we rescue the best we have inside, when we achieve this source of unconditional Love that exists in each one of us, we can then respect others and take this Love to the World.

WeFeel

WeFeel é um projecto humanista ligada à área do desenvolvimento pessoal O nosso maior objectivo é a felicidade, bem estar interior, expressão de emoções e auto conhecimento. Promovemos e desenvolvemos todo o tipo de actividades que levem cada um ao reencontro de si próprios para que vivam uma vida mais autentica consigo e com os outros. WeFeel como o nome diz em inglês, NósSentimos, é um projecto que segue e incentiva a todos os que seguem o coração, que querem estar em paz com o seu interior, em dia com as suas emoções. Quando resgatado o que temos de melhor dentro de nós, quando acedemos a essa fonte de Amor incondicional que existe em cada um de nós, podemos então respeitar os outros e levar esse Amor ao Mundo.

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SIC - Boa Tarde

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Astrologia - Regentes


 ASTROLOGIA

Regentes Esotéricos (regentes da alma)
Regentes exotéricos (regentes da personalidade)

Dualidade de interpretação – O facto do signo ser regido por um regente exotérico (regente da personalidade) e por um regente esotérico (regente da alma) é partir do pressuposto que há uma dualidade em nós, uma primeira fase de tensão, de conflito, entre a alma e a personalidade.
O que é que a Ciência esotérica ensina a esse respeito?
O que ela diz é que nós somos uma Mónade – uma unidade de vida autónoma personalizada, e que essa Mónade que é eterna, imutável e criada, é o que há de nós de essência, é aquilo que em nós sempre foi, é, e será. Há uma dimensão em nós que sempre existiu, que é a nossa dimensão divina, é Deus em nós, e que essa dimensão, essa Mónade, é autónoma da vida universal, e essa Mónade ao baixar à matéria, divide-se entre alma e personalidade.
A personalidade vai representar tudo aquilo que nós conquistámos à nossa esfera do inconsciente, à noite do ser, tudo aquilo que são as memórias instintivas, os traumas e as dores que todos trazemos do passado, somos uma memória ambulante, de tudo o que vivemos até ao momento em que estamos. Quando nós ganhamos consciência disso no plano mental, quando nós criamos um Eu, uma auto-imagem de segurança, de identidade, mas uma imagem que ainda não exprime a verdade última do Ser, uma imagem que traduz a afirmação do Eu separado e autónomo e solitário, essa é a Personalidade.
A personalidade afirma-se ainda contra o Mundo no sentido que ela é movida pelo vazio da alma, que astrologicamente se identifica com a Lua. Numa primeira fase, a alma manifesta-se como carência, ausência, dor de separação. O verdadeiro drama do ser humano é essa dor de divisão, essa dor de separação, ser alguém solitário numa imensidão de outros seres, e isso é exactamente a consequência da divisão do Mundo. O Mundo cindiu, dividiu, algo que falta ao Universo, esse algo que falta a nossa alma vai senti-lo como uma perda, carência, ausência. E o que é que a alma quer em termos vastos?
A alma quer alguma coisa, não tem vontade, a alma sente essa ausência. E o que é que dá prazer à alma, bem-estar à alma? Exactamente, sair da divisão. Por outras palavras, se a alma quisesse qualquer coisa, a alma queria o Amor, queria novamente participar na Vida Una, e porquê? Porque ela traz memória dessa Mónade, de ter sido vida una dessa Mónade, ser uma parcela de Deus. Ela quer regressar à unidade – e todo o projecto do Universo é esse “versus o Universus”, regressar novamente à Unidade, aquilo que o Cristo dizia “voltar à casa do Pai”.
Portanto, a alma quer voltar e não sabe como, e a personalidade ainda sabe menos no sentido de que a personalidade sente a insatisfação da alma, o mau-estar da alma e afirma-se compensando-se com aquilo que ela julga que de fora pode ir buscar à matéria, pode ir buscar aos outros, buscar ao Mundo, e aí projecta-se no trabalho, projecta-se... depende daquilo que conquistámos como capacidades no passado, e vamos buscar as capacidades do passado, isso vê-se no tema, a pessoa que nós fomos, e vamos agir no Mundo numa primeira fase, exprimindo as conquistas que foram as nossas, vamos buscar o Plutão, foi onde ganhámos o máximo de força e poder, vamos buscar os nossos trígonos, os nossos aspectos harmoniosos, onde nós nos sentimos bem, e vamos buscar aquilo que conseguimos conquistar, exactamente para  compensar o tal vazio interior da Alma que se desconhece neste Mundo de divisão. 
E este é o drama da personalidade. Ela vai compensando, ela vai iludindo, a personalidade vai passando de ilusão em ilusão, porque a mente cria esquemas projectivos, esquemas que nos fazem julgar que de fora vem alguma coisa, que nos fazem esperar, que nos fazem ter boas expectativas, quer seja de pessoas, quer seja de coisas que nós fazemos. Essa expectativa é sempre projectar no futuro a esperança de que alguma coisa venha resolver a carência da Alma. Ora o que é que acontece? Realmente a carência da alma só se resolve  no plano do Amor, não se resolve em mais lado nenhum (podem dar tudo, que a amargura e o mal-estar persistem). A alma não quer nada, a não ser sentir-se novamente em união com a Vida, com as almas alheias e com tudo o que a Vida manifestar. E aí a alma sente-se bem, quando ama, quando entra numa onda de união amorosa, a alma é feliz, porque ela sai da divisão, finalmente sai da divisão e toda a ilusão é julgar que o resto faz sair da ilusão. 
Nada do poder que se conquista alimenta a alma, vemos os grandes senhores poderosos deste mundo a suicidarem-se, a matarem-se, a serem infelizes, a terem vidas completamente tristes, vazias, porque nada do poder que eles conquistaram alimenta a alma. Eles não sabem que a alma não vai por ali, que não é por ali. Portanto, as guerras, etc. Enquanto nós andamos nesse tipo de ilusão – Maya, como dizem os orientais, nós vivemos sobre a personalidade contra a alma, no sentido contra a carência, a verdadeira carência da alma, julgando que compensamos sem no fundo verdadeiramente a alimentar. 
Ora à medida que a Vida nos desilude, à medida que a vida nos tira as ilusões, nos tira as projecções do Ego, de Mercúrio, a nossa mente inferior, nós vamos, de desilusão em desilusão recuperando esse investimento emocional que nós fizemos no futuro, e então nessa altura nós vamos começar a interiorizar, a perceber, a procurar respostas que não sejam essas que nós nos apercebemos, sobretudo quando há grandes crises, que os valores que nós temos, aquilo em que acreditamos, não respondem à carência da alma, não respondem ao que nos falta, falta-nos algo mais, e nós vamos procurar respostas e vamos, de uma forma mais ou menos dolorosa, ou porque adoecemos e ficamos infelizes porque queremos estar com saúde e não sabemos porquê, a vida sempre nos atira para algum beco sem saída, para alguma situação impossível, no sentido que aí nós paramos e percebemos que se calhar está errado, o olhar para fora, se calhar o querer o que nós queríamos, se calhar o projectar como nós projectávamos não responde, é aí que as pessoas procuram um astrólogo, procuram alguém que lhes devolva novos valores que possam reestruturar uma nova mentalidade, uma nova visão do Mundo. 
Ora aí começa o tal processo Alquímico, o tal processo de mutação, que é um processo de transformação, em que a personalidade, pouco a pouco, se vai  rendendo à vida da Alma. E a vida da alma é a vida interior, porque a alma é isso que em nós sente. A vida da Alma é a vida que vai dizendo SIM à vida em nós, ou seja, sempre que nós dizemos NÃO, e nos projectamos obsessivamente, nós estamos contra a alma, estamos a activar a separação, e sempre que nós activamos a separação, a Alma sofre, sente a dor da separação. Há muita gente que não sente a dôr porque estão desalmados, ou seja, que já estão tão longe da Alma, que nem ouvem a voz da alma. Há pessoas que criaram tais armaduras, tais defesas em relação à vida, que elas podem estar a ver tudo ao contrário, na ilusão que são felizes, porque têm mais um automóvel, mais uma aventura, mas não significa que a Alma não esteja lá exactamente na mesma condição de sofrimento só que elas nem conseguem  ouvir a alma, de tal maneira perderam a possibilidade de afinar esse diálogo da alma e personalidade, e às vezes só ouvem a alma no limite máximo de dor e de violência e aí acordam e ouvem então a alma finalmente, mas quanto mais nós afinarmos, eu penso que todo o trabalho interior de evolução, é esse afinar da personalidade para sentir a alma. 
Quando nós começamos a desafinar é muito fácil, há um momento em que falamos mal de uma pessoa, viramos a cara, não respondemos bem e depois ficamos logo a dizer “o que é isto?” nós desafinamos, não cumprimos a lei do amor, quando nós começamos a perceber que a lei do Amor é a verdadeira lei da Vida e que o Amor é um trabalho sobre os nossos medos, sermos capazes de fazer as tais  pontes de união e de encontro, e de vibração na mesma onda de compreensão, então nessa altura nós vamos ficar atentos àquilo que a Vida nos traz como conflito, dificuldade, equívoco. Todas as manifestações da Vida que nós atraímos, estão ali para afinarem o diálogo da personalidade com a alma. Estão ali para afinar a relação do meu Eu profundo, da minha carência profunda que pede algo mais, com uma personalidade distraída ou aérea ou refugiada no mental e pura e simplesmente, a minha alma não dá, necessita de vida interior, saber parar e olhar para dento, saber reconciliar com a Vida, no mais fundo da vida, no mais dentro da vida que espera por nós pela nossa entrega incondicional, sem defesa, fuga possível, e o que é engraçado é quando nós nos entregamos e nos ligamos à fonte da Vida, e ficamos seguros pela Vida, a Vida está sempre a fazer-nos testes, ou seja, a mente inferior está sempre a criar brechas nessa ligação à vida, para introduzir preocupação, o medo, a ansiedade, algo que vai criar a brecha novamente entre o Eu profundo e a Personalidade. Portanto, se nós estivermos atentos a isso, nós começamos a perceber como é que nós podemos lidar com esse diálogo, relacionamento psíquico existencial. Limando as arestas da personalidade, as prepotências, as arrogâncias, o orgulho, todas as coisas que impedem, de facto, aquele SIM à Vida Incondicional. Porque a alma é assim, é o puro YIN, é o puro SIM, por isso é que alguém dizia que o Universo só conhece o SIM e o OM (o todo em nós) O SIM é o Sim a tudo o que nos acontece, é exactamente aquilo que tem que nos acontecer, as coisas são o que são, nós vamos atrair aquilo que tem a ver com aquilo que nós projectámos, o retorno do que nós projectámos, portanto, se nos acontece é porque nós atraímos, é porque é nosso, e se nos acontece, e não nos agrada, então o que é que nós fizemos que fez com aquilo nos fosse dado? Neste tipo de diálogo está exactamente o trabalhar da personalidade para se render à alma.(colocar entendimento nas nossas dores, nos nossos medos, perceber porque é que as coisas acontecem nas nossas vidas).
Portanto, eu diria quase que o grande projecto humano é, de facto, o diálogo da Personalidade com a Alma até a Personalidade se render à vida da Alma. E o que é que é render-se à vida da Alma?  É viver no puro YIN, no puro Sim, portanto, não dizer não a nada, banir e desactivar a palavra luta, conquista, desejo, desactivar as palavras que me estão sempre a atirar para fora e para o futuro. Portanto, eu desactivo e fico YIN, fico receptiva (aberta a tudo o que me possa acontecer) e, então, depois de eu receber, então eu faço, eu ajo, eu aconteço, então eu viro Yang, sempre a partir do YIN. Assim, a Alma recebe, não perde a paz, não perde a Paz faz, mas faz a partir da Paz (faz em abundância). E a partir daí nunca mais há desequilíbrio, desencontro, vazio, mal-estar interior.

Síntese esotérica - Todas as funções psíquicas simbolizadas pelos planetas e a interacção dessas energias convergem para este drama humano. Todas, por detrás dos planetas, da astrologia, está em termos de processo evolutivo, dinâmica do cosmos, ao nível do ser humano, o drama da alma e personalidade, e a ascensão da personalidade à vida da alma. Portanto, nesse sentido eu queria fazer esta introdução para dizer que o Zodíaco pode ser lido no plano da personalidade enquanto nós vivemos os signos a partir do ego, da postura Yang frente à vida, ou a partir do YIN, a partir da postura da alma que recebe a Vida, e já só responde do SIM que a fez receber (padrão do SELF). E então, obviamente, os signos ganham duas dimensões, e essas dimensões são absolutamente extraordinárias, porque elas dão exactamente a consciência do que é que é viver a Vida a dois níveis – viver no plano mais dissociado e viver no plano integrado (consciência dominada pelo medo “versus” consciência iluminada pela alma). “Quando souber  viver a minha vida interior (com desapego do exterior) a vida restituir-me á aquilo que desejei antes”.


 A dor da Alma ouve-se quando me oponho contra ela, quando desafino, lido erradamente com uma situação. Os conflitos estão ali para afinar a minha relação com a Alma, ou seja, não me opor à vontade de Deus, aceitar que é o melhor para mim, que neste momento não consigo ver, mas que sei que serei recompensada de alguma maneira, talvez de uma maneira que não esteja nada à espera. Afinar diálogo entre personalidade e alma, a isto se chama Evolução – colocar a personalidade ao serviço da alma.
Quando nós estamos seguros, agarrados à Vida (não estamos projectados naquilo que o exterior nos pode dar), a Mente inferior está sempre a introduzir brechas, elementos de ansiedade (situações exteriores que nos alimentam o ego, aumentam as nossas expectativas e depois colocam-nos à espera e, depois quando não sucedem como gostaríamos, apanhamos grandes desilusões. Agarrarmo-nos ao exterior é uma ilusão, as desilusões acontecem repetitivamente para a pessoa deixar de ir buscar amor próprio ao exterior e voltar-se para dentro do seu mundo interior, entendê-lo, consciencializá-lo, aceitá-lo, para depois poder sentir a vida que flui dentro de si. “Tudo aquilo que resiste persiste. Tudo aquilo que aceitas desaparece” ).
 O que eu penso é cada vez mais o que eu sinto!

Vamos então começar por Carneiro.

Carneiro – Signo Yang por excelência. O regente exotérico é Marte. A personalidade em Carneiro afirma-se pela iniciativa e sente-se segura pela iniciativa, mas é uma iniciativa que nasce de uma insatisfação, de um Marte compulsivo, imediatista, de um Marte que dispara, porque há uma intuição que o faz abrir e faz fazer,  de um Marte irracional, que ainda não tem razão para o fazer, senão esse impulso de sair da noite para o dia, que é um grande caminho, o grande impulso do início das coisas que se identifica com o carneiro. No plano da alma, Mercúrio, o regente esotérico de Carneiro, porque o Marte já vai ter que servir Mercúrio, a mente inferior, que já discrimina, organiza, dissocia, percebe a realidade – o impulso de afirmação, de pioneirismo, tem que partir de uma percepção mental, tem que partir da compreensão do que é que me faz agir, da compreensão que eu não ajo por agir só porque tenho o impulso, mas ajo porque eu sei o que estou a fazer. No plano da alma Mercúrio rege o Carneiro.

Touro – o regente exotérico é Vénus e o regente esotérico é Vulcano – é a valorização e identificação, é a vibração que me faz identificar com alguma coisa e valorizá-la, a energia Taurina é a energia que me faz sentir a estabilidade emocional sobre a Terra. O Touro procura uma segurança emocional sobre a terra. Sentir que o chão é seguro. Numa primeira etapa, portanto, ao nível da personalidade, esse chão que se procura seguro é o chão material, é a posse do território, é a posse das coisas, é a minha casa, o meu automóvel, a minha mulher... Os Touros são muito possessivos e sentem que o facto das coisas serem deles que lhes dá segurança, identificam-se porque são deles, e esse prazer venusiano de ter algo lhes dá a segurança. Ainda não é a dimensão da alma, por isso, é que o planeta Vulcano, que é o planeta que tem como função, desestruturar e reestruturar a matéria, é aquele que age sobre a matéria ao nível da sua transformação qualitativa. O Plutão faz morrer e nascer, mas o Plutão. Faz morrer e nascer numa espécie de voltagem limite, e a acção do Plutão é mais uma acção psíquica, a morte é a morte do Ego, a morte psíquica. Ao nível do Vulcano, a acção do Vulcano é uma desestruturação física, é qualquer coisa que se passa mesmo no plano físico de transformação e na maneira como nós nos relacionamos com essa transformação física. Isto significa que o Touro precisa de passar por uma total transformação ao nível da matéria e na forma como nós nos relacionamos com a matéria para que ele possa vibrar no regente da alma, ou seja, a Vénus tem que subir a oitava, nós não podemos identificar-nos com a matéria para nos sentirmos seguros, porque é uma ilusão, matéria é matéria, não tem como nos dar protecção nenhuma de nada assim, nós temos que nos identificar com Vénus no plano psíquico, no plano emocional, ou seja, o verdadeiro território de segurança taurina são as relações de amor que eu estabeleço na vida, são as pontes emocionais de ligação da minha alma, que eu estabeleço e que me dão segurança. O que me faz sentir segura são essas pontes de união que eu ando a fazer e o retorno dessa união, é sentir que eu não estou só. O Touro tem que perceber que a segurança da matéria vem da Vénus, mas de uma Vénus que encontrou, nessa identificação emocional sem posse e no prazer até de usufruir a matéria sem posse, a segurança. E portanto para poder usufruir da matéria sem a possuir que é a última palavra do Touro, usufrui-la, amá-la mas não a adquirir para nós, no sentido que nós não perdemos as coisas que amamos se as partilharmos. Obviamente isso é que tem de ser  a sabedoria ao nível da alma. O Vulcano aparece como quem vai transformar esse poder material numa outra forma de relacionamento com a matéria e com o investimento Venusiano.

Gémeos – é um signo dual, a dualidade mental, é uma ausência de valores que determinam o sentido da vida, esses valores estão no signo de Sagitário, no signo oposto. É a informação pela informação. Mercúrio é o regente exotérico de Gémeos, é a palavra, é a informação, passar a informação, é o prazer de comunicar, de ligar as ideias de um lado para o outro. Isto não tem nada a ver com a alma, não tem a ver porque a mente não chega para unir. Eu posso levar todas as ideias do Mundo a todo o lado e continuar sozinho e completamente solitário porque exactamente o elemento emocional, o elemento magnético, apelativo e de ligação que é a vibração amorosa não está presente.
Vénus rege esotericamente o Gémeos, é o regente da alma, porque quando eu começo a discriminar o conhecimento e a perceber que há uma informação que me rouba energia, que me dispersa e que não  acrescenta nada ao ser da minha alma, e há uma informação que me alimenta, que me ensina e que me orienta no sentido de vir do Oriente, donde toda a ligação com a transcendência foi recebida pelos homens, portanto, essa informação que me orienta, há um momento que se eu a vou buscar e se ela me revela as leis universais e se eu me começo a reger por essas leis e se eu começo a intuir a verdade da lei e se eu começo a perceber que, de facto, há uma ordem, e que eu posso vivê-la em mim e, se eu a viver em mim o Mundo muda, e eu mudo e tudo muda à minha volta, quando eu começo a perceber isso, obviamente, há um amor ao conhecimento, há um amor à informação, há uma identificação emocional venusiana com a informação que me faz quase agradecer profundamente aquele ensinamento que me revelou quem eu era e que me revelou a mim própria. Por isso Vénus é o regente esotérico de Gémeos e é o regente da alma.
Quando eu vivo Gémeos no plano da alma, eu vivo o amor ao conhecimento, eu vivo no plano mental porque Gémeos é um signo aéreo, mental, mas eu vivo a amar aquilo que eu sei, aquilo que eu ensino, aquilo que eu passo, ou seja, a potencialidade emocional está presente na minha informação, na minha comunicação, não é uma comunicação árida, é uma comunicação com coração, que vem de eu acreditar naquilo que digo, de eu valorizar aquilo que passo como informação. Portanto, aí temos a alma a funcionar. Quando estamos na alma já falamos com o coração, a saber o que estamos a dizer e com o prazer de partilhar e participar aquilo que foi para nós uma reflexão.

Câncer – signo da água, signo lunar, da memória da alma. A Lua é o vazio da alma. O Câncer liga-se por razões lunares, de insegurança, de imaturidade, de necessidade de protecção emocional, e enquanto a Lua está presente há uma carência, há um vazio, há um precisar dos outros para se sentir segura, há um lado infantil, há um lado imaturo. Os cancerianos levam tempo a crescer, são umas crianças, estão sempre ligados à família, ao Pai ou à Mãe, ou procuram no marido ou na Mulher, estão sempre à volta de alguém que os proteja, se a Lua ainda estiver por resolver. A Lua é o regente exotérico de Câncer. Se a Lua estiver resolvida, ou seja, quando eu perceber que a fonte do equilíbrio está em mim, na vida em mim, e não no que os outros me podem dar, nessa altura eu passo para o plano da alma, e se eu passar para o plano da alma, o regente esotérico é Neptuno. É Neptuno porque, ao ser um tema feminino, a mulher que se ligou à fonte da Vida, ela vai ser a partir daí Mãe Universal, ela vai viver a maternidade como um arquétipo universal, ela vai
poder receber os outros que é o lado YIN do Câncer e, ao mesmo tempo, suportar o desequilíbrio dos outros sem se desequilibrar, ou seja, ela vai poder passar equilíbrio emocional aos outros, vai poder ser um pilar de segurança emocional para os outros. Isto é Neptuno, é assim, é os braços abertos, é o receber sem possuir, sem agarrar, sem cobrar, porque a Lua está resolvida. Neptuno aparece como essa dádiva do ser, mas do ser que ao nível da memória já não tem passado, já se reconciliou com o seu passado. Câncer é um signo do passado, já não há passado a prender, a perturbar, a reter de algum modo a energia, portanto, quando a  pessoa está tranquila, com a Lua resolvida. o Neptuno no Homem também representa o Pai, o homem seguro, o homem que outros sabem que está lá presente, que os recebe, que ajuda e suporta a insegurança dos outros. Neptuno, regente da alma do signo de Câncer.

Leão – nós temos o Sol que irradia. Eles são a sua própria força. Eles têm que descobrir a sua identidade e irradiá-la, são eles o seu próprio Sol. Temos um Leão que ainda tem uma Lua carente, uma Lua insegura, e então é aquilo que eu posso chamar Leão com sombra que ainda tem um rasto, que quer palmas e ser centro das atenções, quer que os outros o vejam como Leão, quer que os outros o admirem no seu prestígio,  porque ele é inseguro da sua verdadeira identidade, e se os outros o admiram, devolvem-lhe a identidade e dizem “Não tu és essa força”. Ele fica todo contente porque ele precisa de sentir que é essa força e depois ele tem poder de irradiar (gargalhada do Ser Leão – força incrível de afirmação, de poder de irradiação). Numa primeira fase, enquanto o Leão é egocêntrico, enquanto a personalidade domina a afirmação do Leão, obviamente, que ele é vaidoso, prepotente e ego centrado. Agora, quando o Leão se rende à vida da alma, quando o leão se entrega e medita e se rende à dimensão interior da vida, então aquele Sol leonino não tem sombra. O regente esotérico da alma do Leão é o Sol uma oitava acima, é o mesmo Sol mas sem sombra, ou seja, é a irradiação total do Eu, total da personalidade, onde já não há ego, onde já não há necessidade de afirmação da personalidade, onde há apenas irradiação do fogo da vida que é o Leão, com a consciência, porque Sol é consciência, exactamente, do que é que esse fogo significa, ou seja, é um Sol a vibrar não no fogo por fricção, que é o fogo instintivo, da sobrevivência, mas é o Sol a irradiar no fogo da Consciência. Quando o Leão irradia consciência, ele é o centro, é o centro emanador da força da vida para os outros, ele é a luz e o calor que aquece os outros, onde os outros podem de facto aquecer porque ele já não tem retorno, já não tem ego a querer compensar-se. O Sol sem sombra numa oitava acima como regente esotérico no signo de Leão.

Virgem – é um signo racional por excelência. Mercúrio é o planeta que rege a Virgem. Esse Mercúrio é crítico, analítico, rigoroso, meticuloso, obriga a produzir da maneira mais eficaz, mais eficiente, ele vai tirar  todo o partido da matéria para servir o Homem no plano mental, na capacidade que o Homem tem de gerir a matéria. Virgem está ali para tirar o máximo partido, para organizar as coisas, para ser útil, para servir. Só que esse orgulho é extremamente crítico, porque exige o rigor máximo, não quer que esteja nada fora do sitio, desarrumadas, eles vêm pôr o Mundo em ordem, ele não quer que as coisas estejam por render, por aproveitar, ele tem que aproveitar tudo o que a matéria pode trazer como benefício. Nesse sentido ele é extremamente crítico, nunca está bem, criticam as coisas, criticam as pessoas, exigem... Enquanto estiverem assim, eles estão no plano mental e no plano da personalidade. O regente esotérico de Virgem é a Lua, porque o virginiano tem que aprender a receber a matéria sem criticar coisa nenhuma, sem ter que achar que alguma coisa está mal. Tem que receber, tem que ser YIN, perder a arrogância crítica em querer perceber tudo, tem que saber aceitar que as coisas são imperfeitas, saber lidar com a imperfeição do Mundo e não ter o perfeccionismo absoluto, tem que saber não ser rígido, só funciona no plano da mente. Ele tem que levar a água à terra e à mente. Ele tem que se sensibilizar para receber o Mundo, para receber a terra sem rigidez, sem excesso de análise, crítica, exigência, porque nós temos que saber fluir como flui a energia e a vida. A vida não tem arestas, a vida não é rígida. O virginiano tem que fazer essa aprendizagem dessa fluidez que o fará um dia ser Yin, e receber as coisas fazendo exactamente as coisas como ele sabe, mas sem necessidade de criticar, porque quando há crítica, há divisão. Ora a alma não divide, ela não pode dividir, portanto, ele tem que ser Lunar, ele tem que saber estar ali a receber sem dividir. A Lua é o regente esotérico de virgem no plano da alma.

BalançaVénus é o regente exotérico, no plano da personalidade. É um signo de troca, um jogo de espelhos, sou eu a descobrir o meu Eu no outro que me revela o que de mim não sei. Sou eu a descobrir a empatia dessa revelação. A balança tem essa necessidade de identificação, é a empatia que desperta pela  compreensão do outro e pelo olhar do outro sobre mim e pelo meu olhar sobre ele. Marte activa esse jogo de espelhos. Só que temos que ir ampliando a Vénus e diminuindo Marte no sentido que, a Vénus também deseja a perfeição, o absoluto, que o outro seja perfeito, para eu poder estar segura, para me devolver a mim a perfeição. É evidente que o outro é imperfeito, tem todas as imperfeições que tem a ver consigo e com a sua personalidade. Portanto, há um desiludir, um partir de espelhos, perceber que um espelho não me devolve o melhor de mim, ou tenta mudar de espelho, ou tentar aceitar o espelho e perceber que ele não pode devolver o absoluto, que o absoluto está em mim. Há uma série de trabalho de relacionamento que vai levar à compreensão do outro, vai levar à aceitação das limitações do outro, que vai levar a um entendimento que não é possível o outro devolver-me a mim, porque há algo em mim que eu terei que lá ir sozinha, que ninguém me leva lá de maneira nenhuma... que vai fazer com  que eu vou com o tempo recuperando desse excesso de projecção emocional de identificação. Na primeira fase há sempre a sombra, tudo aquilo que eu não sei de mim ,que eu projecto no outro na esperança que o outro me possa resolver, obviamente o outro não resolve e me vai devolvendo outra vez para mim essa sombra para eu perceber que sou eu que tenho que a ir trabalhar.
Nesse jogo de relacionamentos onde é que a vida me conduz? A vida conduz-me, inexoravelmente, se eu for fiel às relações e a mim própria; à liberdade a dois, a liberdade no sentido de eu já não exigir do outro nada, porque ele é o que é, eu sou o que sou, e vou quando muito partilhar aquilo que puder partilhar. Essa liberdade a dois, esse prazer de ser livre a dois é Urano. O regente esotérico de Balança é Urano.
Todas as relações tendem para a liberdade partilhada, o que pressupõe um centro, pressupõe que cada uma das pessoas que partilha o relacionamento venusiano sejam um centro para si próprio, ou seja, não vá querer que o outro lhe preencha um vazio, portanto, essa capacidade da pessoa se projectar, se recuperar e partilhar sem exigências, sem querer que o outro lhe resolva as carências que são as suas, obviamente que leva à liberdade, a consciência desse trabalho interior um dia leva à liberdade a dois. Quando se está nessa liberdade a dois, está-se no plano da alma, no plano das relações da alma. Nessas relações as pessoas não se exigem, porque se sentem, quando eu sinto alguém que eu amo, eu não tenho como magoar esse alguém porque se o magoar, magoou-me a mim próprio, porque me sinto tão mal se magoar alguém que eu amo, não é possível, portanto as guerras supostamente amorosas, obviamente não são guerras amorosas. São guerras, porque o amor não está lá, a alma não está lá!
Quando não há alma, não há amor, onde não há alma, há personalidade, há guerras de poder, de ver quem domina quem, de ver quem sobrevive naquela confusão instintiva, psíquica e emocional. Urano, como regente esotérico da personalidade dá à Balança essa dimensão de prazer de relacionamento, sem que haja atrito, conflito, guerra. Todos os relacionamentos caminham para a ausência de conflito que só é possível quando não há equívocos psíquicos e emocionais.

Escorpião – signo do máximo poder psíquico. Poder que a astrologia ensina que é o poder sexual, material, poder psíquico. Entre os três poderes, eu considero o poder psíquico o verdadeiro poder que o Homem procura. O poder do homem sobre o homem para se sentir seguro, porque o escorpião é o signo que leva ao drama da divisão ao limite. Escorpião vive o conflito no limite. Ele vive no limite porque ele exige, ele vai à afirmação da personalidade até também ao limite, ele pára na morte. Ele pára quando a vida não o deixa ter poder. Ele desafia o poder da vida ao limite. Exactamente, por isso, ele vai atrair o impasse da sua própria potência, ele vai atrair a perda de poder, atrair situações que o devolvem à sua impotência. Nessa altura, Marte é o desejo, Marte em escorpião é potencializado pelos mil volts da Plutão, é o Marte mais obsessivo, mais direccionado, que não pára a não ser na morte, ou naquilo que  a vida o obriga a parar. Exactamente aí,   o escorpião tem o poder de morrer e renascer, ou aceita que o poder não lhe pertence, que há um poder que o transcende e rende-se à verdade universal e rende-se à dimensão oculta do Mundo e aí ele passa a porta oculta do escorpião e entra no signo Sagitário, no signo que já sabe que há uma direcção, que há uma luz que nos espera algures, um sentido para a vida algures, e que eu vou procurá-lo, isto é, a tónica do sagitariano. Ou o Escorpião morre e rende-se em sagitário ou ele fica desesperado, perdido no seu conflito de morte sem saber passar para a vida. O objectivo é ele sair da morte para a vida e abrir mão do seu antigo desejo que era um desejo de afirmação de personalidade, obviamente, para compensar o vazio da alma que não se compensa dessa maneira. Então, quando ele morre e nasce, o Marte, regente do Escorpião, ele vai ser vivido numa oitava acima, ou seja, vai ser vivido, não como carência da personalidade, não como afirmação do ego mas como prazer de servir aquilo que o escorpião descobriu que era a verdade, com prazer de projectar toda a carga intensa, passional e emocional de escorpião, ao serviço de algo transcendente, de algo maior. Por isso o regente da alma de escorpião é Marte numa oitava acima, não é o Marte que serve o Ego, é o Marte que canaliza todo aquele potencial passional de escorpião para afirmação de uma verdade, para um objectivo que não é egocentrado. Quando as pessoas evoluem em escorpião, evoluem quando canalizam a sua potência e o seu desejo ao serviço da verdade.

Sagitário – o regente exotérico é Júpiter. É o signo onde nós vamos aprender as grandes leis que regem o Mundo. É o signo que procura a verdade. Digamos que as pessoas que nascem com energias em Sagitário, elas já passaram no passado, numa outra vida, pela morte do escorpião, já passaram por uma perda profunda, já não têm ilusões no sentido que já sabem que o Ego não tem poder,  portanto, elas já não querem o poder, elas já o perderam noutra vida, senão não estavam em sagitário, agora elas não sabem de que lado está a verdade, mas sabem que a verdade está algures, não no poder do ser humano. Então, procuram-no, caminham, procuram a verdade, o sentido da vida, é a seta que o direcciona, depende de eles serem de facto fieis a essa procura, e da conjuntura do tema. Partindo do princípio que eles procuram a verdade e que Jupiter intui a verdade, que faz de intermediário entre o espírito das oitavas – Urano e Neptuno e o Ego, a vida da personalidade, ele traz como que uma visão maior ao Mundo e uma expansão do colectivo daquilo que ele captou como visão. Isto é Jupiter em Sagitário onde tem a sua máxima dimensão. É um Jupiter que tem poder de intuir a ordem, tem poder de um dia chegar à lei do Mundo e entender a lei que rege o Mundo. Jupiter em Sagitário, quando ele finalmente descobre a Lei que é a Lei do Amor, do karma, que diz que a liberdade só é possível pela aprendizagem do amor, quando ele descobre a Lei, ele é um dador da Lei aos seus irmãos, ele tem que vir trazer a Lei ao Mundo, então o regente exotérico de Sagitário é a Terra. É o único signo em que a terra aparece porque não basta acreditar é preciso trazer a verdade à Terra. Os sagitarianos e as pessoas jupiterianas, no sentido mais profundo da palavra, as pessoas que encontram a verdade, elas vêm trazer a verdade ao mundo. É imperioso para elas comunicarem a verdade, partilharem-na, aquela luz que elas descobriram, aquela evidência do que é a verdade do Mundo, elas têm que vir revelar.  Nessa altura, quando nós assumimos que encontrámos a Lei e a vimos trazer aos outros - portador de mensagem da palavra, da verdade, então a Terra aparece como regente da alma.  Quando vibra no plano da alma, essa necessidade de partilha de informação e de ensinamento, torna-se absolutamente necessária e natural.

Capricórnio – é regido por Saturno, é o signo das estruturas sociais, dos relacionamentos sociais, signo da forma como nos comportamos no Mundo dos outros através daquilo que o tempo criou como instituição, organização, forma de cooperação, ordenamento público, como poder social. Saturno é o tempo que criou isso. Capricórnio é um signo por natureza conservador, porque Saturno é conservador, guarda a experiência do passado mas também guarda os medos da experiência do passado. Saturno retém a vida numa primeira fase, mas Saturno também tem que aprender com a Vida, ele tem que reformular, denunciar, desfazer o nó de medo que ele traz para um dia virar responsável, para um dia virar seguro em função da experiência que ele ganhou sobre a Terra.
Capricórnio numa primeira etapa é regido por Saturno, mas ainda à defesa, são pessoas conservadoras,  rígidas, com preconceitos, valores sociais estereotipados, que se regem pelo comportamento social comum, que cumprem as regras sociais. O Saturno está ali a segurar a barra protegendo-se, usando a sociedade como forma de afirmação mas sem arriscar mudar coisa nenhuma.
Quando o Saturno vira responsável, ele sente que ele tem que trazer também novas estruturas para a sociedade, ele tem que reestruturar aquela sociedade, nessa altura ele ouve a voz de Urano que é a voz da liberdade, transformação, ele aceita responsabilizar-se por essa nova visão que ele foi capaz de intuir através da experiência da Vida. Só aí é que ele vira responsável pela capacidade de trazer ao Mundo, um Mundo Novo, ou seja, de criar um Mundo novo, de assumir a responsabilidade que ele pode mudar o Mundo. O regente esotérico de Capricórnio continua a ser o Saturno numa oitava acima, não é o Saturno que joga á defesa, é o Saturno sábio, maduro, que aprendeu com o tempo, que já sabe que as coisas não são cristalizadas, que sabe que nós temos que usar a responsabilidade para mudar o Mundo e não para manter o Mundo como ele é. Aí temos um Saturno que já ensina, que ganhou toda a segurança daquilo que a Vida lhe ensinou.

Aquário – o regente exotérico é Urano, o planeta da liberdade, da mente universal, que já nos faz perceber que somos elos de uma cadeia humana, cósmica e planetária. Não somos seres desgarrados, que estamos dentro de uma sequência evolutiva da humanidade, que já estamos ligados à humanidade nesse contexto, nesse projecto universal, as pessoas que pensam já em termos de universalidade, chamados os intelectuais, normalmente têm algo aquariano, eles não pensam em função de si ou da sua família, das conjunturas mais próximas, eles pensam já com uma visão abrangente, já pensam o que foi o passado, o que será o presente, o que será o futuro, essa dimensão do tempo desdobrado em passado, presente e futuro, já dá essa dinâmica evolutiva do Mundo e o aquário tem essa capacidade de intuir a evolução, a ordem cósmica, a necessidade de transformação, a capacidade que os homens têm de renovar e recriar as suas próprias instituições e a sua própria visão do Mundo. Essa dinâmica criadora, transformadora e libertadora é o apelo de Urano. Aquário é um signo mental, o regente da alma não pode ficar só na mente, é Jupiter, porque não basta perceber a ordem, é preciso acreditar nela, é preciso vivê-la, aderir a ela emocionalmente – é preciso comprometimento com a ordem, é preciso a intuição de Jupiter, para que eu perceba a ordem, adira à ordem porque eu acredito nela. Então Jupiter vai aparecer como regente esotérico, regente da alma do signo aquário. Quem vibra na dimensão aquariana e acredita na nova era, na mudança do Mundo, na revolução social das mentalidades, esse Ser já vibra ao nível da alma, no plano de aquário. Poucos são os que falam e têm realmente Fé na transformação do Mundo e esses são os verdadeiros aquarianos, são aqueles que mudam o Mundo mesmo, porque acreditam nisso.

PeixesNeptuno, regente exotérico dos peixes que é exactamente o grande apelo de absoluto, totalidade. Os Peixes simbolizam a dualidade sentimental (como os Gémeos que simbolizam a dualidade mental), dualidade dos sentimentos, é o conflito, a contradição, a confusão dos sentimentos. Confundem Paixão com Amor, desejo com fé. Têm esse Caos sentimental, Sentem-se a 360º e depois não distinguem as águas. È preciso distinguir as águas, perceber que há sentimentos que prendem, que egocentrisam, que nascem do medo e da violência, todos esses egocentrisam: o ciúme, a raiva, a agressividade, todas as exaltações patrióticas ou não que têm como base o ego ou o medo do separatismo, da perda do ego. Tudo isto não vai no sentido da Unidade. Depois há os sentimentos de dádiva, de universalidade, de compaixão, aceitação, compreensão, esses vão no sentido da Unidade, portanto os Peixes têm que inteligir os sentimentos, um Peixe tem que morrer para o outro nascer, tem que dizer SIM a tudo o que é sentimento de união e tem que dizer NÃO a tudo o que é sentimento que nasce do medo, a tudo o que é esterilidade, desejo que nasce das carências do Ego. Isso só se resolve com uma morte psiquica, quando eu aceito abrir mão do peixe que ainda se alimenta da memória do escorpião. O regente esotérico de Peixes é Plutão, que significa que não há nenhum Peixe que viva bem a energia neptuniana que não tenha passado por uma morte, para chegar à paz interior, a resposta última dos Peixes, a vibração que nos faz identificar com a visão interna, com a vida em nós, que vai fazer perceber que o absoluto está em nós e em mais lado nenhum, que o absoluto está nessa entrega do Eu incondicional à vida, nessa dissolução neptuniana. Essa paz pisciana ela só pode vir através de uma morte psíquica. Sem isso, ela não é possível ser atingida. Daí ser Plutão o regente esotérico de Peixes. Para que os Peixes saiam daquele idealismo, confusão e vibrem na verdadeira essência que faz deles mestres espirituais, seres de Luz, que têm realmente poder de irradiar o Amor no Mundo, obviamente que o Plutão está presente com tudo o que ele simboliza de alquimia, dôr e transformação necessária.

Chegamos então ao fim do Zodíaco, ao fim dos regentes exotéricos e esotéricos, e vejam como, se nós  meditarmos nestas oitavas, nós vamos perceber exactamente onde está a personalidade dentro da alma, que diálogo é este, como é que, até no nosso tema, vivemos os signos, se já vivemos numa oitava ou ainda não vivemos.
Nós começamos a vibrar na verdadeira personalidade desta encarnação quando vibramos no regente esotérico do Ascendente. Quando o nosso Ascendente já não é vivido no plano da personalidade, mas na dimensão da Alma, então aí nós estamos a cumprir o nosso destino Cósmico, o nosso Dharma e estamos já a ser a pessoa que nascemos para vir a ser. Isto é um bom termómetro para eu saber se já estou na pele da minha individualidade ou não, eu vou olhar para o meu ascendente e ver se já vibro no meu regente esotérico. Se eu vibrar, quer dizer, que eu já lá estou, se eu começar a vibrar um bocadinho, quer dizer que eu caminho para lá, se eu não vibrar coisa nenhuma, quer dizer que ainda estou na personalidade e ainda não tenho como dialogar nesta dimensão. Serve para perceber o nível em que elas se encontram. “O verdadeiro astrólogo é aquele que tem capacidade de ver através de um tema, o nível evolutivo da pessoa que está ali”, em que dimensão é que a pessoa se situa ao viver aquele tema, obviamente porque ele pode ser vivido em muitas oitavas.

Michelle Fannon

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